segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Uma jovem da 5ª classe

Uma outra jovem, desse grupo de quatro, a quem apoio, na recuperação da leitura e escrita, manifesta as mesmas dificuldades, não domina minimamente a técnica, nem os casos especiais...,  a sua oralidade é muito restrita.  Tem um discurso pouco articulado, gramaticalmente, pouco fluido, sem grande vocabulário; falo com ela quase em monossílabos, frases sempre cortadas, às vezes, parece que não ouve bem (na verdade tem um problema de audição). Mas resiste. Quer sempre continuar, Nunca está cansada, quer sempre fazer mais coisas.
Nesse dia, prometo-lhe:
- Só me vou embora, quando aprenderes a ler. Estás quase a ler. Não te preocupes, vou ensinar-te a ler e a escrever. 
Não seria apenas crença, seria uma realidade, se houvesse outras condições, apenas, algum material de apoio, livros de iniciação, cadernos de exercícios...
Ela olha-me com uma doçura que é um misto de alegria e de ´compromisso, acreditando no que lhe digo. E pode acreditar.

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