É a jovem mais crescida do grupo, mas, porventura, a que apresenta maiores dificuldades, não domina minimamente a técnica da leitura e da escrita.
Esteve novamente comigo, aliás, tem estado todos os dias. Costuma ir à escola de manhã e à tarde está comigo, começa o trabalho contra feita, mas depressa se entusiasma, tem consciência das dificuldades, às vezes, desespera.
Naquele dia, inesperadamente, começou a chorar. É tão difícil ver alguém chorar! É impossível de descrever o que senti, quando a vejo soluçar, parece-me tão desprotegida, tão frágil, tão sozinha, tão sofrida por dentro...
Estas crianças quase já não choram. Ali, ficam, num certo abandono que é um misto de cansaço e de descrença, entre pensamentos que não descortino, como se algo as atingisse no mais íntimo de si mesmas, sem poderem fazer seja o que for.
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