Junto
aos autocarros, machimbombos, vende-se de tudo: bolachas de todas as
qualidades, água, pão, capulanas, utensílios vários, produtos de
higiene, um sem número de coisas, e um sem número de vendedores que
parece não acabar; há sempre mais um
que eleva os braços mostrando a mercadoria a quem se prepara para
viajar.
Há
um mercado de rua a funcionar, é a sobrevivência mais absoluta, são
quase todos jovens, mas também há mulheres. Mulheres com bacias à
cabeça com garrafas de água; aparece alguém a quer vender catanas,
algo insólito ou talvez não, muitos vão para o campo e talvez sejam
necessárias.
É
manhã cedo, mas tudo decorre como se estivessem pouco despertos,
quase não falam. Não há conversas, apenas, o indispensável para
fazerem os negócios.
Quero
comprar uma garrafa de água, mas não percebo bem. Sou ajudada pelo senhor sentado no banco à minha frente.Todo
o quotidiano e todas as conversas decorrem num dialecto que me é
estranho, que não compreendo. Mas não sei por quê nunca me senti
estranha. Sinto desde o primeiro momento que são pessoas boas, o que venho a confirmar em outras situações.
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