domingo, 24 de setembro de 2017

Viagem de machimbombo, para Inhambane

Junto aos autocarros, machimbombos, vende-se de tudo: bolachas de todas as qualidades, água, pão, capulanas, utensílios vários, produtos de higiene, um sem número de coisas, e um sem número de vendedores que parece não acabar; há sempre mais um que eleva os braços mostrando a mercadoria a quem se prepara para viajar.
Há um mercado de rua a funcionar, é a sobrevivência mais absoluta, são quase todos jovens, mas também há mulheres. Mulheres com bacias à cabeça com garrafas de água; aparece alguém a quer vender catanas, algo insólito ou talvez não, muitos vão para o campo e talvez sejam necessárias.
É manhã cedo, mas tudo decorre como se estivessem pouco despertos, quase não falam.  Não há conversas, apenas, o indispensável para fazerem os negócios.
Quero comprar uma garrafa de água, mas não percebo bem.  Sou ajudada pelo senhor sentado no banco à minha frente.Todo o quotidiano e todas as conversas decorrem num dialecto que me é estranho, que não compreendo. Mas não sei por quê nunca me senti estranha. Sinto desde o primeiro momento que são pessoas boas, o que venho a confirmar em outras situações.

Sem comentários:

Enviar um comentário