Apanho um táxi. Na
avenida do aeroporto, há comércio, ao longo de toda a estrada, há
oficinas e bancas sem fim, onde tudo se vende e se compra, num
emaranhado de pessoas e de produtos que, aos os meus olhos, é
caótico. 
Para lá destas margens, vislumbra-se um labirinto de
casas, de insalubridade, de precariedade…, dizem-me que choveu no dia
anterior e por isso há lama, poças de água… quando não, há pó,
poeira. Uma África que bem conhecemos ao virar de cada esquina. 
Três
meninas recebem-me na missão de S. José de Lhanguene, são do
internato Maria Clara, meninas órfãs, abandonadas, para quem restou
a ajuda das Irmãs, depois das malfeitorias da vida. Sem outro apoio,
crescem, vivem e fazem-se adultas. 
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