Deixei de escrever neste blog, porque a sua abertura coincidiu com a minha leitura do livro de Ingrid Betancourt "Até o silêncio tem
um fim", sobre os mais de seis anos na selva colombiana. Há
partes e descrições impressionantes, mas, por vezes, ficamos a
pensar até que ponto é legítimo falar, com o
pormenor e a subjectividade (inevitável) com que o faz, dos
companheiros de cativeiro, por exemplo, de Clara Rojas (também li o
seu livro e não fiquei com a mesma sensação).
Senti um problema de consciência : até que ponto é justo falar de pessoas de forma tão direta, nomeando, descrevendo, opinando...?
Talvez, não seja, sobretudo, se de alguma maneira criar algum desconforto a terceiros. Vou evitar que isso aconteça, neste meu regresso aos textos que escrevi e guardo desde então.
Regresso à minha experiência humana, em Inhambane, Maputo e outros lugares de Moçambique.
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